30/12/2008

Feliz Ano Novo...

O ano de 2008, que agora termina, trouxe-me algumas tristezas e duas grandes felicidades. Não foi um ano completamente inesquecível nem correu tão bem como previa, pelo menos a partir de metade do ano, mais precisamente de Junho de 2008, poucos dias depois de fazer anos.
As minhas expectativas para o ano de 2008 eram altas: afinal, nasceram os meus dois sobrinhos lindos, com quem aprendo mais um pouco dia após dia e que constituem uma benção na família. O Gonçalo (vulgo "guga") tem 10 meses, nasceu a 25 de Fevereiro e o David (vulgo "resmengas") tem oito meses e veio ao mundo dois dias antes do papá, a 22 de Abril. O nascimento de ambos marcou o meu ano de forma inexplicável. Há uma primeira vez para tudo e eu não me imaginava a ser tia tão cedo. Para quem ainda não teve oportunidade de passar pela experiência, só posso dizer que é absolutamente delicioso, muito gratificante, emocionante e de uma felicidade sem limite.
Mas como não é só depois da tempestade que vem a bonança, o mês de Junho trouxe-nos uma terrível notícia. Um dos meus irmãos, o Hugo, foi internado com uma pneumonia. Um filho pequeno, a sensação recente de ser pai e uma doença que o levou a 15 dias de internamento no Hospital de São Francisco Xavier e no Hospital Egas Moniz.
O mundo desabou na mesma família que meses antes comemorava o nascimento dos "bebecas". No entanto, tudo acabou bem, apesar dos tratamentos agressivos que ele teve de fazer, da ansiedade de ver o filho, do cansaço que a doença provoca e da enorme quantidade de exames que até há bem pouco tempo teve de fazer. Ao meu irmão, já lhe disse e repito: foi uma lição de vida, está de PARABÉNS, deixou-me muito orgulhosa e demonstrou ser uma pessoa muito forte que se portou lindamente em cada exigência hospitalar. À família, serviu para mostrar o quanto gostamos dele e quanto admirámos a sua vontade de viver. Hoje, está curado, feliz ao lado da minha cunhada (que se revelou uma autêntica mãe e companheira) e com melhores expectativas para o novo ano.
Nesta mesma altura, tomei uma das mais difíceis decisões da minha vida, apesar de nem ter pensado em concreto nela. Decidi tornar-me numa jornalista freelancer. Afinal, havia muito mais vida (e interessante) além do meu anterior emprego. Até agora, tudo corre bem, tenho inúmeros projectos em mãos, vou trabalhar a dia 31 e a dia 1 de Janeiro, o que significa que acabo o ano a trabalhar e começo 2009 com os dedos na massa (porque o computador continua a ser o meu companheiro da quantidade interminável de artigos variados a fazer).

Boas e más notícias próximas umas das outras
Tive oportunidade de revelar, em Novembro, que fui a vencedora do Prémio de Jornalismo Eloquium, com um trabalho publicado sobre Doença Pulmonar Obstrutiva Crónica. Ainda hoje sinto o orgulho estampado no rosto. Este prémio significa imenso para mim: finalmente, a concretização de algo que esperava e o reconhecimento do trabalho intenso que tive durante alguns anos. Pouco tempo depois, ainda estávamos todos a comemorar tão dignificante Prémio, perdi uma pessoa muito importante para mim. É por isso que 2008 está a terminar tão mal e me deixa triste, inconsolável, saudosa... A Dona Amélia continua viva em mim. Guardo dela as melhores memórias. Acompanho o seu exemplo de vida. Gostava de ter a sua energia, aquela que sempre invejei e que só falhou no dia 11 de Dezembro. Porquê? Não sabemos? Estava doente? Nada disso. É justo? Nunca o será. Há um ano atrás, eu passei a passagem de ano com a família Pinto e a família Bolrão. A D. Amélia também cá esteve. Era sempre ela que alegrava a casa, que divertia os outros e que tinha expressões únicas. Foi também ela que me baptizou de "Dália" por quem sou carinhosamente chamada em alguns momentos.
Neste final de ano, sinto-me dividida: muito feliz com os meus dois sobrinhos e o Prémio que me foi atribuído e imensamente triste com a perda que a vida me deu. Não me conformo, custa-me imenso e tenho saudades, muitas saudades. Aceitar a morte é complicado. Aceitá-la quando estamos perante uma autêntica força de vida, mais complicado se torna. Irei sempre guardá-la no meu pensamento e tentarei homenageá-la as vezes que puder. A nossa vida ficou mais triste, menos cor de rosa (ela adorava cores vivas) e menos florida (as flores faziam as suas delícias). Nunca liguei muito à passagem de ano e esta não me diz mesmo nada. Espero apenas que 2009 não me pregue mais partidas como o internamento e a perda de alguém que amo.
A todos os que me lêem, aos meus amigos, à minha família, ao meu amor, e à sua família um Feliz Ano Novo. Espero que seja o sinónimo de muitos motivos de alegria, marcantes, dignos de destaque e de sucesso pessoal e profissional. Porque já basta a crise para andarmos cabisbaixos. Façam o favor de serem felizes!!!

19/12/2008

Uma forma diferente de desejar Bom Natal

Aprendi há uma semana que mais vale não fazer planos. Que a vida deve ser vivida calmamente, um dia de cada vez. Já tinha ideia de que era assim e que deveria encarar o dia-a-dia mas tenho agora a certeza absoluta, pelo pior dos motivos. Num minuto, tudo muda e a nossa vidinha mundana, rotineira (ou não), cheia de seguranças e certezas, passa a uma inconstante dúvida. O que vai acontecer amanhã? Não sabemos! Para quem gosta de controlar as coisas, como eu, aprendi duramente que nada se controla.
Deixar andar, seguir o passo, tranquilamente, sem grandes expectativas. O que é certo hoje pode não sê-lo daqui a uns minutos... e aí o desânimo e a dor começam a tomar conta dos nossos dias.
Este Natal deveria ser o mais especial de todos: tenho dois sobrinhos lindos, que amo com todas as minhas forças e que transformaram esta época no verdadeiro sentido que deve ter. O Natal é mesmo das crianças e é neles que vou buscar todas as forças.
Neste Natal, estou triste, muito triste... Se por um lado se comemora o nascimento de dois meninos lindos (o David e o Gonçalo), por outro chora-se a perda de alguém que se ama e cuja saudade já marca cada hora do meu dia.
A vida não deixa de ser curiosa: por um lado, a alegria do nascimento. Por outro, a tristeza da morte. Desejo um Feliz Natal a todos os que fazem parte da minha vida, directa ou indirectamente. Quanto ao ano de 2009, acho que não devem fazer planos muito entusiastas! Vivam o dia-a-dia, sigam os sinais, aproveitem ao máximo o que a vida tem para vos oferecer, não dramatizem, não ganhem rancores e inimizades. Tentem ser felizes e fazer alguém feliz! Aprendi que não vale a pena guardar ressentimentos numa vida que pode desaparecer num curto espaço de tempo. Depois, tudo nos parece rápido, demasiado rápido... Por isso, um Bom Natal hoje e umas óptimas entradas daqui a uns dias. Que 2009 seja um ano com poucas tristezas e repleto de sucessos pessoais e profissionais para todos. Um dia de cada vez passou a ser o lema! Sem grandes pressas, projectos ou planos atempados. Porque sou hoje é que é certo! Amanhã, não saberemos!


Festas Felizes a todos.

10/12/2008

Pela internet fora...

Notícias publicadas sobre o Eloquium:

http://www.meiosepublicidade.pt/2008/12/10/jornalista-portuguesa-vence-premio-eloquium-de-imprensa-especializada/

http://saude.sapo.pt/artigos/noticias_actualidade/ver.html?id=902084

http://www.agap.pt/content.php?contentid=550

http://www.jornalistas.online.pt/noticia.asp?id=6981&idselect=410&idCanal=410&p=0

http://www.webwire.com/ViewPressRel.asp?aId=80316

http://www.pharmainfo.net/boehringer-ingelheim-news/11/19/2008/winners-announced-2008-eloquium-award

http://noticias.portugalmail.pt/artigo/20081210/premio-eloquium-entregue-a-jornalista-portuguesa

http://palavrasimperfeitas.wordpress.com/2008/11/27/jornalista-claudia-pinto-vence-premio-eloquium/

http://www.boehringeringelheim.com/corporate/news/press_releases/detail.asp?ID=6274

http://cheap-canadian-pharmacy.net/2008/11/19/winners-announced-for-2008-eloquium-award/

http://www.fabricadeconteudos.com/?lop=artigo&op=c20ad4d76fe97759aa27a0c99bff6710&id=205a5d908b58a1af10caf9d1ae0afe38

http://www.comunicamos.org/

http://www.maxpressnet.com.br/noticia.asp?TIPO=PA&SQINF=352700

07/12/2008

Já recebi em mãos o Prémio Eloquium 2008



















Foi no passado dia 3 de Dezembro que me desloquei a Lisboa, para receber o prémio Eloquium das mãos de Dr. Herbet Conen, Director-Geral da Boehringer Ingelheim. Nunca tal me tinha acontecido, apesar de já ter sido premiada anteriormente num Prémio de Jornalismo mas apenas com uma menção honrosa (que na altura já me deixou muito feliz).
O artigo premiado foi um Especial de DPOC (Doença Pulmonar Obstrutiva Crónica), da minha autoria, onde desenvolvi várias reportagens. Assisti às Jornadas de Oxigenoterapia, promovidas no Dia da DPOC do ano passado, entrevistei a Presidente da RESPIRA, Dra. Luísa Soares Branco e acompanhei os técnicos da GASIN num dia em casa dos pacientes. Foi talvez isso o que mais me custou em todo este trabalho. Assistir em directo a pessoas com doenças graves mas, ainda assim, optimistas. O resultado, de quatro páginas, parece ter agradado ao grande Júri do Eloquim 2008 composto por: Professor Klaus Rabe, Director do departamento de pneumologia da Universidade de Leiden, Professor Christoph Fasel, professor de Media e Comunicação na Alemanha, Susanna Palkonen, directora da Associação de Doentes de Alergias e Asma, Jenny Hope, correspondente médica no Daily Mail, na Inglaterra e Patricia Reaney, editora da Reuters, nos EUA.
O meu artigo foi escolhido entre 40 concorrentes de 12 países, daí que me sinta tão orgulhosa dele, enquanto concretização pessoal e profissional. Julgo que o esforço de alguns anos de jornalismo, de madrugadas a trabalhar, de dias sem tempo para mim, foi agora justamente reconhecido. Na altura, cheguei a falar sobre a doença aqui neste meu sótão de ideias porque ainda existem poucas pessoas em Portugal e no mundo a reconhecer o significado de DPOC e quais as suas consequências.

Em simultâneo, dois colegas receberam também o galardão:

Na Categoria "Meios Generalistas", Cinthya Leite, da Revista JC (Brasil) ganhou com o artigo "A doença que rouba o fôlego" e na Categoria Televisão, Janeth Hinostroza, do Channel 4 (Equador) venceu com o programa sobre DPOC no Dia do Não Fumador. Eu venci na Categoria de Meios Especializados de Saúde.

Este prémio tem um grande significado para mim, não pelo valor em si (um voucher de 5000 euros para viajar para o destino que desejar) mas pelo facto de ter sido atribuído por um júri conceituado e por me dar forças para continuar a trabalhar afincadamente como até aqui. Os prémios dão-nos ânimo para prosseguir e desafiam-nos constantemente para fazer mais e melhor.
A fotografia foi tirada no dia em que me foi atribuído o prémio, uma data a recordar, na lista de concretizações do ano de 2008. Aos meus amigos e a todos aqueles que já me deram os Parabéns, partilhando comigo a minha felicidade, o meu muito obrigado.