07/05/2008

Uma questão de idade...

Nunca me deram a idade que realmente tenho. Costumo dizer que tenho cara de miúda, daquelas que ainda estão a entrar na faculdade e que aos 40 anos, me irão dar 30... Digo-o tantas vezes que devo querer convencer-me a mim mesma que será assim. Porque é que me lembrei de escrever hoje sobre a idade? A explicação é simples: hoje, mais uma vez, numa conversa banal, houve quem me desse menos oito anos do que os que realmente já cá moram! Não posso dizer que me desagrada porque, de facto, sei que há jovens mais novas que parecem bem mais velhas do que eu. Mas afinal, que idade temos nós? A do BI ou aquela que dita o nosso dia-a-dia em forma de atitudes? Posso afirmar que as duas valem: a do BI porque é impossível fugir dela e a que sentimos interiormente pois é ela que nos faz caminhar, avançar, sorrir, ganhar, conquistar...
Desde muito nova que estou habituada a confundirem a minha real idade. Nunca me esquecerei do momento em que a minha amiga de 16 anos entrou no Casino de Vilamoura como se nada fosse e eu fui mandada parar pelo segurança para mostrar o BI... Não raras vezes, a minha maioridade era motivo de desconfiança por parte de seguranças de discotecas ou locais para maiores de 18 anos. O que me deixava mais satisfeita era o pormenor de mostrar o dito BI com a minha real idade. E foi assim até aos 22, 23 anos... No Casino de Vilamoura, há vários anos atrás, a minha amiga entrou confiante e satisfeita porque nenhum segurança sequer desconfiou que ela teria menos dois anos do que a idade mínima para entrar. E eu tudo bem, lá fomos para as máquinas depois de me terem dado o trabalho de provar os meus 20 anos. :)
Actualmente, o que me dá motivos para sorrir é mesmo a cara estupefacta daqueles a quem digo a minha idade. Oiço as mais variadas expressões de incredulidade e não deixa de ser engraçado!
Quanto à velha máxima de que "velhos são os trapos" ou "a idade está na cabeça de cada um", não posso deixar de estar mais de acordo. De que importa a idade se conseguirmos que o dia-a-dia seja levado com a maior das serenidades? Que importa ter passado dos 50 se a cabeça está óptima e recomenda-se? Estou rodeada de pessoas cheias de energia com 78 anos (e como me fazem inveja!) a provar como a vida pode ser aquilo que nós quisermos que ela seja, mesmo quando é tão difícil conseguir atingir tal discernimento.

3 comentários:

Marisa disse...

Comigo é o mesmo. Dizem sempre que tenho cara de menina.
Uma vez no Mc Dondald's pedi um menu com uma coca-cola para mim e uma cerveja para a minha mãe... a miuda que me estava a atender disse-me que não podia vender alcool a menores! A menores! Eu já tinha 19 anos... não estas bem a ver a cara que eu fiz. Claro que a minha mãe achou um piadao à situação.
Enfim...

Anónimo disse...

E não é que comigo se passa tb o mesmo... Ninguém me dá os 29 aninhos q já tenho... Qd tiver 50, se lá chegar, é q vai ser giro... vão dizer q tenho 30. É mau!!!

BJSS

Anónimo disse...

Então e eu que outro dia fui ao cinema e o rapaz da bilheteira sem me perguntar nada me deu o bilhete com desconto jovem, ahahah! Fiquei toda contente! A pensar que o rapazito se calhar precisava de óculos, mas lá contente fiquei!