O ano de 2008, que agora termina, trouxe-me algumas tristezas e duas grandes felicidades. Não foi um ano completamente inesquecível nem correu tão bem como previa, pelo menos a partir de metade do ano, mais precisamente de Junho de 2008, poucos dias depois de fazer anos.
As minhas expectativas para o ano de 2008 eram altas: afinal, nasceram os meus dois sobrinhos lindos, com quem aprendo mais um pouco dia após dia e que constituem uma benção na família. O Gonçalo (vulgo "guga") tem 10 meses, nasceu a 25 de Fevereiro e o David (vulgo "resmengas") tem oito meses e veio ao mundo dois dias antes do papá, a 22 de Abril. O nascimento de ambos marcou o meu ano de forma inexplicável. Há uma primeira vez para tudo e eu não me imaginava a ser tia tão cedo. Para quem ainda não teve oportunidade de passar pela experiência, só posso dizer que é absolutamente delicioso, muito gratificante, emocionante e de uma felicidade sem limite.
Mas como não é só depois da tempestade que vem a bonança, o mês de Junho trouxe-nos uma terrível notícia. Um dos meus irmãos, o Hugo, foi internado com uma pneumonia. Um filho pequeno, a sensação recente de ser pai e uma doença que o levou a 15 dias de internamento no Hospital de São Francisco Xavier e no Hospital Egas Moniz.
O mundo desabou na mesma família que meses antes comemorava o nascimento dos "bebecas". No entanto, tudo acabou bem, apesar dos tratamentos agressivos que ele teve de fazer, da ansiedade de ver o filho, do cansaço que a doença provoca e da enorme quantidade de exames que até há bem pouco tempo teve de fazer. Ao meu irmão, já lhe disse e repito: foi uma lição de vida, está de PARABÉNS, deixou-me muito orgulhosa e demonstrou ser uma pessoa muito forte que se portou lindamente em cada exigência hospitalar. À família, serviu para mostrar o quanto gostamos dele e quanto admirámos a sua vontade de viver. Hoje, está curado, feliz ao lado da minha cunhada (que se revelou uma autêntica mãe e companheira) e com melhores expectativas para o novo ano.
Nesta mesma altura, tomei uma das mais difíceis decisões da minha vida, apesar de nem ter pensado em concreto nela. Decidi tornar-me numa jornalista freelancer. Afinal, havia muito mais vida (e interessante) além do meu anterior emprego. Até agora, tudo corre bem, tenho inúmeros projectos em mãos, vou trabalhar a dia 31 e a dia 1 de Janeiro, o que significa que acabo o ano a trabalhar e começo 2009 com os dedos na massa (porque o computador continua a ser o meu companheiro da quantidade interminável de artigos variados a fazer).
Boas e más notícias próximas umas das outras
Tive oportunidade de revelar, em Novembro, que fui a vencedora do Prémio de Jornalismo Eloquium, com um trabalho publicado sobre Doença Pulmonar Obstrutiva Crónica. Ainda hoje sinto o orgulho estampado no rosto. Este prémio significa imenso para mim: finalmente, a concretização de algo que esperava e o reconhecimento do trabalho intenso que tive durante alguns anos. Pouco tempo depois, ainda estávamos todos a comemorar tão dignificante Prémio, perdi uma pessoa muito importante para mim. É por isso que 2008 está a terminar tão mal e me deixa triste, inconsolável, saudosa... A Dona Amélia continua viva em mim. Guardo dela as melhores memórias. Acompanho o seu exemplo de vida. Gostava de ter a sua energia, aquela que sempre invejei e que só falhou no dia 11 de Dezembro. Porquê? Não sabemos? Estava doente? Nada disso. É justo? Nunca o será. Há um ano atrás, eu passei a passagem de ano com a família Pinto e a família Bolrão. A D. Amélia também cá esteve. Era sempre ela que alegrava a casa, que divertia os outros e que tinha expressões únicas. Foi também ela que me baptizou de "Dália" por quem sou carinhosamente chamada em alguns momentos.
Neste final de ano, sinto-me dividida: muito feliz com os meus dois sobrinhos e o Prémio que me foi atribuído e imensamente triste com a perda que a vida me deu. Não me conformo, custa-me imenso e tenho saudades, muitas saudades. Aceitar a morte é complicado. Aceitá-la quando estamos perante uma autêntica força de vida, mais complicado se torna. Irei sempre guardá-la no meu pensamento e tentarei homenageá-la as vezes que puder. A nossa vida ficou mais triste, menos cor de rosa (ela adorava cores vivas) e menos florida (as flores faziam as suas delícias). Nunca liguei muito à passagem de ano e esta não me diz mesmo nada. Espero apenas que 2009 não me pregue mais partidas como o internamento e a perda de alguém que amo.
A todos os que me lêem, aos meus amigos, à minha família, ao meu amor, e à sua família um Feliz Ano Novo. Espero que seja o sinónimo de muitos motivos de alegria, marcantes, dignos de destaque e de sucesso pessoal e profissional. Porque já basta a crise para andarmos cabisbaixos. Façam o favor de serem felizes!!!
As minhas expectativas para o ano de 2008 eram altas: afinal, nasceram os meus dois sobrinhos lindos, com quem aprendo mais um pouco dia após dia e que constituem uma benção na família. O Gonçalo (vulgo "guga") tem 10 meses, nasceu a 25 de Fevereiro e o David (vulgo "resmengas") tem oito meses e veio ao mundo dois dias antes do papá, a 22 de Abril. O nascimento de ambos marcou o meu ano de forma inexplicável. Há uma primeira vez para tudo e eu não me imaginava a ser tia tão cedo. Para quem ainda não teve oportunidade de passar pela experiência, só posso dizer que é absolutamente delicioso, muito gratificante, emocionante e de uma felicidade sem limite.
Mas como não é só depois da tempestade que vem a bonança, o mês de Junho trouxe-nos uma terrível notícia. Um dos meus irmãos, o Hugo, foi internado com uma pneumonia. Um filho pequeno, a sensação recente de ser pai e uma doença que o levou a 15 dias de internamento no Hospital de São Francisco Xavier e no Hospital Egas Moniz.
O mundo desabou na mesma família que meses antes comemorava o nascimento dos "bebecas". No entanto, tudo acabou bem, apesar dos tratamentos agressivos que ele teve de fazer, da ansiedade de ver o filho, do cansaço que a doença provoca e da enorme quantidade de exames que até há bem pouco tempo teve de fazer. Ao meu irmão, já lhe disse e repito: foi uma lição de vida, está de PARABÉNS, deixou-me muito orgulhosa e demonstrou ser uma pessoa muito forte que se portou lindamente em cada exigência hospitalar. À família, serviu para mostrar o quanto gostamos dele e quanto admirámos a sua vontade de viver. Hoje, está curado, feliz ao lado da minha cunhada (que se revelou uma autêntica mãe e companheira) e com melhores expectativas para o novo ano.
Nesta mesma altura, tomei uma das mais difíceis decisões da minha vida, apesar de nem ter pensado em concreto nela. Decidi tornar-me numa jornalista freelancer. Afinal, havia muito mais vida (e interessante) além do meu anterior emprego. Até agora, tudo corre bem, tenho inúmeros projectos em mãos, vou trabalhar a dia 31 e a dia 1 de Janeiro, o que significa que acabo o ano a trabalhar e começo 2009 com os dedos na massa (porque o computador continua a ser o meu companheiro da quantidade interminável de artigos variados a fazer).
Boas e más notícias próximas umas das outras
Tive oportunidade de revelar, em Novembro, que fui a vencedora do Prémio de Jornalismo Eloquium, com um trabalho publicado sobre Doença Pulmonar Obstrutiva Crónica. Ainda hoje sinto o orgulho estampado no rosto. Este prémio significa imenso para mim: finalmente, a concretização de algo que esperava e o reconhecimento do trabalho intenso que tive durante alguns anos. Pouco tempo depois, ainda estávamos todos a comemorar tão dignificante Prémio, perdi uma pessoa muito importante para mim. É por isso que 2008 está a terminar tão mal e me deixa triste, inconsolável, saudosa... A Dona Amélia continua viva em mim. Guardo dela as melhores memórias. Acompanho o seu exemplo de vida. Gostava de ter a sua energia, aquela que sempre invejei e que só falhou no dia 11 de Dezembro. Porquê? Não sabemos? Estava doente? Nada disso. É justo? Nunca o será. Há um ano atrás, eu passei a passagem de ano com a família Pinto e a família Bolrão. A D. Amélia também cá esteve. Era sempre ela que alegrava a casa, que divertia os outros e que tinha expressões únicas. Foi também ela que me baptizou de "Dália" por quem sou carinhosamente chamada em alguns momentos.
Neste final de ano, sinto-me dividida: muito feliz com os meus dois sobrinhos e o Prémio que me foi atribuído e imensamente triste com a perda que a vida me deu. Não me conformo, custa-me imenso e tenho saudades, muitas saudades. Aceitar a morte é complicado. Aceitá-la quando estamos perante uma autêntica força de vida, mais complicado se torna. Irei sempre guardá-la no meu pensamento e tentarei homenageá-la as vezes que puder. A nossa vida ficou mais triste, menos cor de rosa (ela adorava cores vivas) e menos florida (as flores faziam as suas delícias). Nunca liguei muito à passagem de ano e esta não me diz mesmo nada. Espero apenas que 2009 não me pregue mais partidas como o internamento e a perda de alguém que amo.
A todos os que me lêem, aos meus amigos, à minha família, ao meu amor, e à sua família um Feliz Ano Novo. Espero que seja o sinónimo de muitos motivos de alegria, marcantes, dignos de destaque e de sucesso pessoal e profissional. Porque já basta a crise para andarmos cabisbaixos. Façam o favor de serem felizes!!!