21/08/2007

Dei de caras com o vento...

E decidi ter uma conversa franca com ele. É inevitável falar-se do tempo por esta altura do ano. Se bem que muitos consideram que quem não tem assunto fala do tempo, não me deixo inquietar pelas más línguas e avanço com mais um post temporal... Ora bem, não tenho memória de um Verão assim! Eu que me queixo sempre das altas temperaturas e não tenho a mínima paciência para muito calor, ando a dar de caras com o vento em qualquer sítio por onde passo. São caixotes do lixo no chão, árvores caídas, portas a bater... Digamos que não há paciência! Dou de caras com o vento e apeteceu-me ter uma conversa séria com ele, do género: "Vamos lá a ver se nos entendemos. Estás numa de passagem ou vieste para ficar? Apeteceu-te amuar este ano e estragar o Verão à malta que é jovem? Pois, estou a ver que sim! Vê lá se te atinas e se foges para outras bandas onde sejas benvindo". O vento ouviu ouviu e ainda soprou mais forte. Ignorou-me portanto... Completamente! Nem vale a pena pentear-me porque saio de casa e fico completamente desgrenhada (gosto muito desta palavra pelo sentido estranho que assume e hoje apeteceu-me partilhá-la).

O regresso ao trabalho com muito vento à mistura...
Ontem voltei, acordei para a vida, regressei à realidade. Depois de duas semanas de no stress e de relax total, tinha que chegar o dia em que as obrigações falam mais alto e em que o trabalho obriga a que se regresse. Uns vão, outros voltam. É a lei da vida! Se me perguntarem se aproveitei bem as férias, claro que sim... Mas se me perguntarem se passaram devagar, respondo com um redondo NÃO e digo-vos que merecia mais tempo no dolce fare niente. "Triste sina a do pobre" ou "ainda falta tanto para a reforma, minha amiga" como diria a minha querida Maria Oliveira que tantas vezes me diz estas frases... Ok, não exageremos. Eu gosto do que faço e pertenço aos privilegiados que estão a exercer a profissão na qual se licenciaram. Estou na minha área de formação, na qual me licenciei e passei anos a queimar as pestanas. Meus amigos, hoje em dia, isto é um luxo! Regressar ao trabalho significa que não estou desempregada, o que também pode ser considerado um luxo nos dias que correm, quando os últimos dados denunciam um aumento daquilo que mais tememos na vida: o desemprego.
O regresso ao trabalho também tem vento, muito vento, com noites mal dormidas e sobressaltos a meio da noite. Como é irritante ouvir "coisas" no quintal a ganhar vida própria e a moverem-se acompanhadas de barulhos inquietantes. A culpa é de quem? É do vento!!! E de mais quem? Do Verão! Esse desgraçado que se anda a armar em Wally e se tornará ainda mais famoso. Daqui para a frente acabou-se o lazer "Onde está o Wally?" e agora passamos a comentar "Onde está o Verão?"
O regresso ao trabalho fica marcado por dois jornais que têm de ser fechados. Já estou a trabalhar num e na semana seguinte, venha outro! Haja saúde para aguentar o stress! Uma coisa é certa: com vento ou sem ele, com um Verão mais envergonhado ou mais extrovertido, com tempestades ou sem elas... Faça chuva, sol, neve, haja ou não estações trocadas e baralhadas, os jornais têm de ser fechados e publicados. Porque o tempo passa e tem de ser rentabilizado. Com melhor ou pior tempo... mas com tempo de qualidade para responder às responsabilidades!

2 comentários:

Anónimo disse...

Bolas... Um gajo perde meia hora a ler o teu post eheheheh... Escreves mto maridoSS... mas bem. Existem outros q escrevem mto e mal, pouco e mal ou nem escrevem... Mas tu n és desse grupo.
Mtos parabéns pela tua escrita, e boa sorte p/ o q p/ aí vem... E vê se mandas fechar as portas q este vento tá impossível...
"Onde tá o Verão???"
"Queres falar???"

BJSS

Anónimo disse...

Pelo menos ainda não tens de ligar o aquecedor a meio de Agosto... Aqui a desgraçada sim!